Promovamos práticas saudáveis dizendo não ao tabaco “Provavelmente as populações estão a fumar sem conhecer as reais consequências” – admite Paulo Ivo Garrido.
Ainda
de acordo com o ministro moçambicano da Saúde, a escolha do tema para
as comemorações do presente ano, justifica-se devido à ameaça que se
coloca à segurança da saúde pública internacional pelo ressurgimento
sem precedentes de doenças transmissíveis como o HIV/SIDA, a
tuberculose e a malária, além de novas pandemias emergentes como a
gripe das aves, a síndrome respiratória aguda e outras doenças. Sob
o lema “Segurança Sanitária Internacional: Investir na saúde é
construir um futuro mais seguro” comemorou-se, a 7 de Abril corrente, a
passagem do Dia Mundial da Saúde, uma data concebida em 1948 durante a
1ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra, Suíça. A data
começou a ser comemorada em 1950 com o objectivo de apelar à
consciência mundial sobre um tema específico com vista a realçar as
prioridades de uma determinada área junto à Organização Mundial da
Saúde (OMS). Falando
por ocasião da data, o ministro moçambicano da saúde, Prof. Dr. Paulo
Ivo Garrido, disse que o país estava a dar passos largos com vista
fazer face aos grandes problemas de saúde com o mundo se debate
actualmente. Citou, a tuberculose, o HIV/SIDA e a malária como grandes
problemas de saúde com as quais o país se debate. O
ministro da saúde da saúde não deixou de referir-se ao tabaco, como
outro grande problema de saúde pública em Moçambique, por isso, é
importante colocarmos o combate ao tabagismo como uma das grandes
prioridades da Saúde no âmbito da promoção da saúde no seio da nossa
população. “É
importante investir mais nos determinantes de saúde, tais como a
promoção de estilos de vida saudáveis, sem consumo de tabaco e álcool
ou com consumo diminuído e a níveis seguros” –
apelou o titular da pasta de saúde para quem as campanhas de nutrição e
saneamento de meio são outras medidas que devem fazer parte de acções
prioritárias a serem desenvolvidas pelo sector da saúde em colaboração
directa com as suas populações. A
estes investimentos, acrescentou Garrido, é importante promover acções
de educação cívica no sentido de consciencializar os moçambicanos que
só com práticas saudáveis é que conseguiremos reduzir o nível de várias
doenças que continuam, teimosamente, a fustigar as nossas populações. “É
importante, por exemplo, que o fumador saiba claramente que o tabaco
faz mal. Para isso é importante que o Ministério da Saúde em
coordenação com outras organizações, continuem a promover campanhas de
educação a essas populações que, provavelmente estão a fumar sem
conhecer as reais consequências” – frisou Garrido. Apesar
dos esforços que tem estado a ser feitos pelo governo de Moçambique
para o melhoramento da capacidade de assistência às populações, Garrido
reconhece que, de uma forma geral, os sistemas de saúde ainda precisam
de muito investimento para serem mais operativos e responderem às
necessidades, principalmente no que concerne aos Recursos Humanos. “Como
se sabe, o governo tem estado a fazer um grande esforço para treinar
mais pessoal de saúde, mas apesar disso, ainda estamos num nível muito
abaixo do desejado. Se compararmos a força de trabalho de Moçambique
com a África do Sul, encontraremos que em Moçambique temos uma
enfermeira para cada 5000 habitantes, enquanto que na África do Sul, ha
uma enfermeira para cerca de 926 habitantes” – lamentou Garrido.
A
ligação e a interdependência entre a saúde pública e a segurança é
agora mais forte que nunca. Com o aumento da globalização, é
fundamental e oportuno pedir à comunidade internacional que invista na
saúde e construa um futuro mais seguro, explicou Garrido.
Significado do lema
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