Cerca de 1000 camponeses abandonam cultivo de tabaco em Marávia...e a campanha passada foi feita só por um total de 12 camponeses.
Cerca de 1000 camponeses do distrito de Marávia, a oeste da província central de Tete abandonaram, na campanha agrícola passada, a cultura do tabaco naquele ponto do país. A propositada má classificação do tabaco por parte das empresas fomentadoras deste produto nocivo à saúde humana é apontada como principal causa da desistência da cultura de tabaco por parte daqueles camponeses.
Como consequencia disso, a campanha agrícola passada foi feita apenas por 12 camponeses.
Segundo dados de 2005, o distrito de Marávia tinha cerca de 1100 camponeses a cultivarem o tabaco.
A problemática da má classificação do tabaco já tem barbas brancas em Moçambique, principalmente na província de Tete.
Esta situação, considerada inaceitável pelos camponeses, já foi igualmente denunciada ao Presidente da República, Armando Guebuza, aquando da primeira digressão presidencial pelo país no ano passado.
Entretanto, de lá para cá, as autoridades moçambicanas continuam a fazer ouvidos de mercador, permitindo que os camponeses continuem a ser feudalmente explorados pelas empresas fomentadoras de tabaco, actualmente lideradas pela Mozambique Leaf Tobacco que detém o monopólio da cultura do tabaco naquela zona do país.
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