Em Consequência de doenças directamente relacionadas com o consumo do tabaco, pouco mais de 33 milhões de pessoas morreram nos últimos 7 anos, cifra que, por si só, mostra o quão preocupante é a epidemia do tabaco no globo terrestre.
Estes dados foram divulgados na cerimónia de abertura da Segunda Reunião da Convenção das Partes sobre o tabaco que decorreu recentemente em Bangkok, na Tailândia. Esta sessão discutiu os avanços de estratégias no que concerne a acções de controlo do tabaco no mundo.
A reunião analisou a elaboração de protocolos sobre o comércio ilícito de tabaco e a publicidade enganosa que caracteriza as acções de marketing da indústria tabaqueira.
O encontro teve também uma sessão especial que vai discutiu o financiamento para acções de controle do tabaco no mundo, com particular destaque para acções a serem desenvolvidas em países pobres e em vias de desenvolvimento, locais que actualmente constituem a preferência da indústria tabaqueira.
O objectivo principal desta sessão especial foi de buscar mecanismos sustentáveis de substituição da cultura do tabaco por outras culturas de rendimento e outras que possam, de facto, garantir a subsistência alimentar das famílias dos países pobres e em vias de desenvolvimento.
Neste debate (substituicao do tabaco por outras culturas economicamente viáveis) foi cientificamente provado que o tabaco não tem outra possível aplicação para que a sua produção possa ser incentivada no mundo.
Tendo em conta os danos economicos, sanitarios e ambientais, em nenhuma circunstancia os paises devem deixar-se enganar pela industria tabaqueira para continuar cultivar o tabaco, segundo ficou claro no referido debate.
Três estudos realizados no Brasil, Bangladesh e India sobre a Substituição do tabaco por outras culturas foram apresentados apresentados no debate e todos, duma forma unánime, confirmaram o drama que os produtores enfrentam na produção do tabaco, nomeadamente a pobreza originada pela má classificação do produto dos camponeses pela indústria tabaqueira.
Na reunião, participaram como membros de Pleno Direito, todos os países que já ratificaram a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), enquanto que os que ainda não ratificaram este instrumento da Organização Mundial da Saúde (OMS) participaram apenas como observadores.
De salientar que o governo moçambicano, que ainda não ratificou a convenção não enviou nenhum representante que poderia participar, pelo menos, como observador, tal como o fizeram muitos países na mesma situação.
A AMOSAPU participou no encontro como Organização que integra o movimento da sociedade civil internacional que desenvolve acções de controlo do tabaco em Moçambique.
Recorde-se que Moçambique aprovou recentemente um regulamento que proíbe o fumo em locais públicos, instrumento considerado bastante lacunoso pelos movimentos anti-tabagismo.
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