Temos que ter paciência- pede Martinho Dgedge, porta voz do Ministério da Saúde
A República de Moçambique assinou em 2003 a Convenção Quadro para o Controlo de Tabaco (CQCT), mostrando a sua aceitação às exigências daquele instrumento internacional de controle do tabaco e promoção da saúde pública.
Entretanto, passados 4 anos, o país ainda não ratificou a Convenção. A não ratificação é interpretada por muitos moçambicanos como estando a dever-se pura e simplesmente a falta de vontade política por parte do governo moçambicano.
Em relação a este assunto, Martinho Dgedge, porta voz do Ministério da Saúde anotou que a sua instituição continua preocupada com o facto de Moçambique não ter ainda ratificado a Convenção, mas discordou que esteja a faltar vontade política por parte das autoridades governamentais moçambicanas. Dgedge classifica o actual posicionamento do governo moçambicano como sendo de precaução e auscultação dos vários intervenientes neste processo de cultivo, processamento, comercialização e consumo do tabaco.
“É apenas uma questão de precaução porque nestas coisas de decidir é preciso tomar muita atenção em relação aos efeitos reais do que se decide” – disse Dgedge, para depois aconselhar: “temos que ter paciência, um dia iremos conseguir ratificar a convenção”.
Para justificar a sua promessa, Dgedge mostrou-se animado com os passos que já foram dados em matéria de controle do tabagismo em Moçambique. Citou, como exemplo, o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado o Regulamento que proíbe o fumo em locais públicos. Para Dgedge, a aprovação do regulamento “é um comprometimento claro do governo moçambicano em controlar a indústria tabaqueira em todo o território nacional”.
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